Enzo recusou ficar no Benfica até final da época mesmo sem perder um euro

Rui Costa deixou duras críticas à forma como Enzo Fernández lidou com as negociações entre o Benfica e o Chelsea, afirmando que o médio internacional argentino – que acabou por ser vendido aos blues por 121 milhões de euros – não se mostrou comprometido com o projeto das águias.

Em declarações à BTV, o presidente das águias assumiu ter feito de tudo para que a venda do jovem médio “não se efetuasse”. “Tudo foi feito para que essa venda não se efetuasse. Estou triste por ele ter saído mas de consciência tranquila de que fiz o melhor para o Benfica. Procurámos não vendê-lo a meio do ano. Mas ele mostrou vontade em não ficar. Desde o princípio tememos que alguém trouxesse o valor da cláusula. Sempre que o Chelsea se aproximou, ele demonstrou que não queria ficar. O aumento salarial foi falado, a proposta foi feita. Mas metade da proposta [salarial] do Chelsea era inviável para nós”, disse.

E continuou: “O Enzo é um jogador extraordinário, não iria perder valor no Benfica se ficasse até final da temporada. Fizemos-lhe ver que no final da temporada voltaria a haver o interesse do Chelsea e de mais clubes. Mas nunca conseguimos chegar a ele. Não houve qualquer chance de alterar a cabeça dele, foi muito incisivo a querer deixar o Benfica”.

Rui Costa disse que após o Mundial’2022 “houve uma primeira proposta do Chelsea, mas depois tudo se esfumou”, até perto do fecho do mercado, quando surgiu a nova investida dos blues.

“Aí, o Enzo foi intransigente. Insistimos para que ficasse cá, mas o jogador nunca mostrou abertura para continuar no Benfica. Fomos insistindo, trabalhando a proposta. Fizemos uma proposta de ficar até final da época sem perder um tostão. À hora de almoço do dia 31 de janeiro, fiz a contraproposta ao Chelsea, de comprarem o jogador já e levarem-no só no verão, reduzindo o valor da venda. O jogador, mesmo assim, mostrou-se negativo a continuar no Benfica”, adiantou.

O presidente do Benfica explicou ainda que a cláusula de rescisão de 120 ME apenas servia para “assinalar o compromisso entre clube e jogador de que, chegando uma proposta daquele valor, o jogador decidiria” se aceitava sair ou não.