
Em entrevista à SportTV, João Mário falou de vários aspetos da sua carreira e revelou o momento do qual mais se arrepende nesta sua caminhada enquanto jogador. O médio abordou ainda a passagem pelo Inter Milão e assumiu que, a princípio, nem estava inclinado a aceitar a ida para o campeonato italiano.
“No início quando apareceu a proposta, um dos motivos que me levava a não ter interesse era porque achava que se fosse para o campeonato inglês ou alemão – porque havia interesse – poderia dar o outro passo a nível físico. Pensar mais rápido e executar mais rápido. É isso que a Premier League te obriga, foi a experiência que tive no West Ham. Se já tenho de pensar antes em Portugal, ali tenho de pensar duas horas antes, porque ali o jogo é realmente muito rápido. Na Itália, quando cheguei e adaptei-me como De Boer, correu-me bem a nível individual, mas não tanto no coletivo. Depois com o Piolo correu bem a espaço. Olhando que o campeonato italiano não se adequa às minhas características, mas também houve a parte mental de não acreditar no projeto. Depois, como és um grande investimento, a culpa cai um pouco em ti e sobre o Gabigol, por exemplo. É o preço que tens a pagar pelo custo”, comentou, recordando depois a passagem pelo West Ham entre janeiro e junho de 2018.
“Olhando para a minha carreira, o grande erro que cometo foi não ter ficado no West Ham nessa altura. O West Ham queria comprar-me, mas eu achei que precisava de voltar ao Inter. Não que quisesse ficar no Inter, mas como tinha contrato. Porque, recordo-me, tive uma conversa com o mister Fernando Santos, e ele disse-me ‘tens de jogar para ir ao Mundial’. Achei que fazia sentido ir para lá. Encontrei um clube espectacular, campeonato espectacular, tive de adaptar-me durante um mês. Tenho pena, por um motivo ou por outro, de não ter ficado em Inglaterra. Olhando para a minha carreira foi o meu maior erro”.